Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tenho várias paixões, não é uma lista exagerada mas são as essenciais, as que me movem, as que fazem os olhos brilhar, as que me deixam com imenso entusiasmo e falo com fervor, as que fazem também sonhar.
Das várias paixões que tenho, saliento uma que quero que seja o meu futuro, falo de museologia.
Foi no secundário que fui à minha primeira exposição, na Gulbenkian, já não me lembro ao certo qual mas tenho na ideia uma obra de Helena Almeida, uma das suas famosas obras com o "pano azul", por assim dizer. Se tivesse que apontar um começo para esta paixão seria essa obra, que me ficou na memória.
Foi um mundo que descobri e que desde logo me identifiquei com ele.
Dois elementos essenciais na descoberta desta área dos museus e exposições, foram sem dúvida o grande professor de História da Cultura e das Artes, que tive no secundário, e a Fundação Calouste Gulbenkian.
Considero, a Gulbenkian, quase como uma segunda casa. Sinto-me bem, tranquila, as energias fluem, as ideias surgem e a certeza de que quero seguir a área dos museus como meu objectivo de vida adensa-se. É um espaço que carrega memórias boas e más, mas felizmente as boas são em maior número.
É engraçado como nos podemos sentir tão bem num espaço que no fundo não é "nosso", no sentido de não ter nenhum pertence físico e de não ser um espaço pessoal, como por exemplo o quarto, mas é também curioso como os espaços podem acarretar uma energia que parece muito pessoal, como se sempre tivesse pertencido àquele sítio.
E assim, o meu sonho é poder um dia trabalhar num museu, vaguear pelas exposições, coordenar tudo o que envolve o mesmo, sentir que contribuo para o desenvolvimento pessoal dos visitantes (sim, acredito que os museus desenvolvem muito uma pessoa e contribuem em tudo de bom para a promoção intelectual), talvez até fazer a diferença na vida de alguém, despertar sentimentos, abrir horizontes e dar a conhecer novos mundos.
"Estas paixões" são as melhores, são do melhor tipo... aquelas que quase nos põem lágrimas nos olhos pelo entusiasmo ser tanto, por ser algo tão forte e significativo na vida.
Todos os dias tento procurar inspiração, algo que abra os meus horizontes e que me leve a querer mais, experimentar mais e explorar novos mundos. Inspiração que me faça sair da minha zona de conforto e que me dê confiança para enfrentar obstáculos sem receio. Algo que me mova e faça com que o meu dia seja o mais proveitoso possível, que eu sinta que ao final de um dia este tenha sido bom e positivo.
Esta inspiração tem vindo cada vez mais de pessoas que me são completos desconhecidos, através do instagram (para mim, é uma das melhores redes sociais que aderi até hoje), e não só, sigo utilizadores incríveis que partilham o seu dia-a-dia. Indirectamente ajudam-me. A ter mais confiança, a não ser tão ansiosa, a aproveitar tudo ao meu redor, a não ter medo de ser eu, a ser mais positiva e levar as situações com bola prá frente.
Cada vez mais sinto que é imprescindível rodear-me de bem, de absorver tudo de uma forma mais leve e positiva, e não perder tempo com nada que não me traga algo de bom. Nos últimos anos tenho vivenciado situações que me fazem repensar tudo, o tempo passa...eu vou passando por esse tempo e quero que ele seja o meu melhor.
No outro dia vi este vídeo e achei engraçado porque algumas situações aplicam-se a mim.
Se há algo que me irrita mais que tudo é :" fala! porque é que não falas?"; "és tão caladinha..." mas posso ser como sou? será que incomoda muito os outros?.
Sempre fui conhecida por ser extremamente calada no entanto isto não é sinónimo de não querer conviver ou estar em público, apenas sou mais reservada e falo quando sinto que tenho algum contributo para a conversa. Sim, sou boa ouvinte e "apanho" muita coisa que se calhar a maioria não liga, porque estou atenta às reacções faciais, etc, detecto facilmente quando alguém está triste ou tem alguma preocupação, só pela expressão corporal.
Sou como sou e vou continuar a ser pouco faladora, desde que isto não me prejudique, por exemplo a nível de conseguir um trabalho, eu estou bem.